Cinema
é uma expressão cultural para os brasileiros e está longe de se tornar uma
grande indústria
Produzir
cinema no Brasil não é fácil. Diferente dos Estados Unidos nosso país ainda não
tem o cinema como uma grande indústria, e os profissionais da área têm que agir
de maneira independente na maioria das vezes.
O
Brasil conta com leis de incentivo para tentar estimular a iniciativa privada a
patrocinar eventos e criar editais, essas leis são políticas de incentivos
fiscais, nas quais as pessoas jurídica ou física podem aplicar parte do imposto
de renda na cultura.
Para
o estudante de cinema Guilherme Yuki Machado, as iniciativas são bem vindas,
“sem isso haveria uma lacuna ainda maior na produção e distribuição
cinematográfica no Brasil, atrasando e dificultando ainda mais os desejos de
pequenos realizadores ao redor do país”.
Cineastas,
roteiristas, diretores e produtores por vezes acabam investindo o próprio
dinheiro para fazer seus filmes, mas Yuki ressalta “vale lembrar que filmar não
é o principal problema. O que vai te empacar de verdade é distribuir e exibir a
sua obra”.
Problema
enfrentado pelo pessoal da produtora Arquiteto, Nyck
Maftum, Ruy Marques e Guata Maftum, concretizaram uma ideia ousada, um filme de
ficção científica rodado em Curitiba, e outros locais do Paraná.
Caçadores
de espécies e o símbolo secreto enfrentou problemas de baixo orçamento,
principalmente se comparado com obras de HollyWood. Mas para o pessoal da
produtora, as dificuldades eram oportunidades.
Um fato curioso é o filme ter
chamado mais atenção no exterior a princípio. E somente, agora chega ao Brasil
com o devido respeito. “A ficção científica é bem vista no mercado americano
principalmente quando o tema é ufologia. Tivemos também a oportunidade de
trazer para o filme, pessoas de renome, como Erich Von Daniken, autor do livro
“Eram os Deuses Astronautas?”. Isso contribuiu muito para a distribuição
internacional.
O que aconteceu no Brasil infelizmente, é que tudo que é novo a primeira vista,
causa uma estranheza. Mas podemos perceber que o paradigma foi quebrado.”
E sobre as partes da produção a equipe
explica o procedimento “gravar um filme na cidade de Curitiba, envolvendo
militares fortemente armados, um extraterrestre e diversas conspirações e
locações especiais como um navio no porto de Paranaguá, túneis subterrâneos,
pirâmide de uma sociedade secreta e gravações no alto de uma montanha com mais
de 1.370 metros de altura”.
A
crise pode atrapalhar o futuro de pequenas produtoras, mas para o pessoal da
Arquiteto é também uma alternativa “essa crise que vivemos hoje, pode piorar
com cortes nos investimentos, prejudicando todos os setores ligados com a
cultura em nosso país, Mas o cinema como indústria pode inclusive tirar nosso
país da crise. Foi o que aconteceu no passado com os Estados Unidos”.