quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Cinema de qualidade, em Curitiba, é feito com vontade

Cinema é uma expressão cultural para os brasileiros e está longe de se tornar uma grande indústria    

            Produzir cinema no Brasil não é fácil. Diferente dos Estados Unidos nosso país ainda não tem o cinema como uma grande indústria, e os profissionais da área têm que agir de maneira independente na maioria das vezes.
            O Brasil conta com leis de incentivo para tentar estimular a iniciativa privada a patrocinar eventos e criar editais, essas leis são políticas de incentivos fiscais, nas quais as pessoas jurídica ou física podem aplicar parte do imposto de renda na cultura.
            Para o estudante de cinema Guilherme Yuki Machado, as iniciativas são bem vindas, “sem isso haveria uma lacuna ainda maior na produção e distribuição cinematográfica no Brasil, atrasando e dificultando ainda mais os desejos de pequenos realizadores ao redor do país”.
            Cineastas, roteiristas, diretores e produtores por vezes acabam investindo o próprio dinheiro para fazer seus filmes, mas Yuki ressalta “vale lembrar que filmar não é o principal problema. O que vai te empacar de verdade é distribuir e exibir a sua obra”.
            Problema enfrentado pelo pessoal da produtora Arquiteto, Nyck Maftum, Ruy Marques e Guata Maftum, concretizaram uma ideia ousada, um filme de ficção científica rodado em Curitiba, e outros locais do Paraná.
            Caçadores de espécies e o símbolo secreto enfrentou problemas de baixo orçamento, principalmente se comparado com obras de HollyWood. Mas para o pessoal da produtora, as dificuldades eram oportunidades.
            Um fato curioso é o filme ter chamado mais atenção no exterior a princípio. E somente, agora chega ao Brasil com o devido respeito. “A ficção científica é bem vista no mercado americano principalmente quando o tema é ufologia. Tivemos também a oportunidade de trazer para o filme, pessoas de renome, como Erich Von Daniken, autor do livro “Eram os Deuses Astronautas?”. Isso contribuiu muito para a distribuição internacional.  
O que aconteceu no Brasil infelizmente, é que tudo que é novo a primeira vista, causa uma estranheza. Mas podemos perceber que o paradigma foi quebrado.”

            E sobre as partes da produção a equipe explica o procedimento “gravar um filme na cidade de Curitiba, envolvendo militares fortemente armados, um extraterrestre e diversas conspirações e locações especiais como um navio no porto de Paranaguá, túneis subterrâneos, pirâmide de uma sociedade secreta e gravações no alto de uma montanha com mais de 1.370 metros de altura”.
            A crise pode atrapalhar o futuro de pequenas produtoras, mas para o pessoal da Arquiteto é também uma alternativa “essa crise que vivemos hoje, pode piorar com cortes nos investimentos, prejudicando todos os setores ligados com a cultura em nosso país, Mas o cinema como indústria pode inclusive tirar nosso país da crise. Foi o que aconteceu no passado com os Estados Unidos”.